Primeiro destino da viagem: Torres del Paine.
No mês de dezembro de 2011 fui realizar uma das viagens que tanto esperava: Santiago (Chile), Punta Arenas, Puerto Natales, Torres del Paine, El Calafate, El Chalten e Ushuaia . No dia 16/12 iniciei minhas férias já com o destino marcado: Santiago (Chile) dia 18 às seis horas da manhã. Contudo sair de férias nem sempre é fácil. Depois de muitos meses lendo, planejando e com as passagens compradas, antes de sair de férias passei mal com uma tal de dengue. A ordem médica era não viajar, mas mesmo assim, após dias de cama e febre resolvi encarar o que já estava planejado. Na pior das hipóteses, regressaria de Santiago (mas não pensava em fazer isto mesmo!)
Dia 18/12, com tudo certo, acordei cedo (5h da manhã) e fui para o Aeroporto Salgado Filho (POA). Chegando lá começou outro problema: atraso de voo. Houve remarcação para às 14h e ninguém foi avisado. Cortesia da Pluna (empresa Uruguaia de aviação). Voltei pra casa da namorada, dormi mais um pouco e depois retornei para o aeroporto. O avião da Pluna é destes super compactos, não tem serviço gratuito de bordo: refeições e bebidas são pagas em dólar ou cartão. Fiz uma escala em Montevideo e novamente peguei o aviãozinho da Pluna para cruzar a cordilheira e ir para Santiago. Cheguei a Santiago às 20h. Peguei um serviço de transfer para um hotel no centro (já reservado via email). Era um hotel muito simples (Hotel Residencial Londres – próximo ao Metro Universidad de Chile). Santiago estava muito quente e neste quarto de hotel não havia ao menos um ventilador. Mas tudo bem. Estava ali não para conhecer Santiago, mas para comprar os equipamentos que precisava para seguir para a Patagônia.
No Brasil havia visto os endereços das lojas Tattoo, Andesgear e La Cumbre (este foi onde fiz a grande compra e com desconto de 15% de IVA dado sobre a nota). Criei uma lista de compras que iam desde meias três camadas até a barraca. Eu não tinha grandes experiências em camping e todos os equipamentos foram comprados sem testar. Contudo tudo foi muito simples: Depois do primeiro camping em Torres del Paine já estava bem familiarizado com os produtos.
O bom do hotel era a sua localização, perto de uma estação de metro e o valor de U$25 (single room – shared bathroom) pela diária. Pegando o metro fui até as lojas. Iniciei pela loja La Cumbre (desci na estación Manquehue). Cheguei lá antes da loja abrir, fui logo comprando… como tinha muita coisa levei para o hotel e depois retornei para uma visita na Andesgear (bairro Las Condes – desci na estação Tobalaba). Detalhe: tive que voltar na Andesgear no dia seguinte, pois houve uma pequeno defeito em um produto (verifiquei todos no Hotel). Troquei sem problemas e fui até a Tattoo (bairro Los Leones) para comprar as botas. Uma coisa que não funcionou foi efetuar a reserva de alguns equipamentos via email aqui do Brasil! Achei que seria difícil funcionar, mas tentei mesmo assim. Resultado: não comprei a barraca 4 estações que eu queria (não seria uma necessidade para a Patagônia nesta época, mas pretendia usá-la em outras ocasiões). Comprei uma 3 estações (Marmot TwiLight 2 com footprint), mas o fato de não ter abas até o chão aconteceu o que eu imaginava (muita entrada de terra nos altos ventos da patagônia). Nada que um pouco de improviso e criatividade não resolvesse. Frio não foi o problema. Por outro lado, esta barraca se portou muito bem nos fortes ventos, não apresentou condensação e tem uma montagem muito prática.
Embarquei dia 21 às 0h para Punta Arenas. Viagem com a Lan é outra coisa! Produtos Havanna para o lanche e um ótimo atendimento. Cheguei no aeroporto de Punta Arenas às 5h da manhã. Já estava mais frio… ainda bem! Porém eu sabia que o próximo passo não seria muito agradável. Peguei um táxi para o centro de Punta Arenas (Chile). Não são baratos, mas chorei um descontinho. Poderia ter tentado ver mais alguns viajantes para rachar o táxi, mas estava sem muita paciência e dormindo ainda…. A parte chata: esperar até as 8h da manhã para abrir uma agência de bus e ter a sorte de encontrar lugar para ir até Puerto Natales (Chile).
Fui o primeiro a chegar na agência da Buses Fernandez. Tudo fechado em Punta Arenas e um vento frio. Fiquei lá para esperar quase duas horas. Em pouco tempo chegaram três coreanos e ficamos de papo (num inglês arranhado e misturado com espanhol). Depois chegou um japonês de seus setenta e tantos anos e que já tinha viajado por muitos lugares…. tinha morado no Rio de Janeiro por um tempo. Então a conversa era uma mistura de português, espanhol e inglês… com algumas coisas soltas em japonês. Depois de um tempo, abriram a agência para a gente esperar do lado de dentro… mas isto não amenizou o fato de, depois de tanta espera, não ter lugar para o bus daquela manhã. Pegamos as mochilas (andei as trilhas todas com uma de mais de 20 kg) e saímos rapidamente atrás de outras agências. No meio do caminho encontramos um argentino que sabia de uma agência (Bus Sur) que ainda tinha lugar e compramos as passagens de todos e depois fomos achar um lugar para tomar um café quente. Ainda deu tempo para fazer umas fotos de Punta Arenas e apreciar o Estreito de Magalhães (Estrecho de Magallanes).
A viagem para Puerto Natales durou umas três horas num bus simples, mas confortável (o cansaço ajuda). Deu para tirar um cochilo e ver um pouco do filme que estavam passando. No caminho dei uma olhada no mapa da Puerto Natales onde eu tinha localizado o Hostal Niko’s II (um bom local e com ótimo café da manhã) com o qual já tinha entrado em contato para reserva. Chegamos em Natales com uma linda vista das montanhas cobertas de neve. Todo mundo sai do bus e vai atrás de Hostal ou da compra das passagens para as suas conexões (Torres del Paine e El Chálten, principalmente). Depois de uma boa caminhada cheguei ao Hostal, me instalei e fui atrás de algo para comer… Tudo estava fechado. Passei então em um mercado, fiz algumas fotos e fui planejar minha ida para Torres del Paine.
Como estava me recuperando da tal dengue, resolvi ficar dois dias em Puerto Natales. Neste tempo decidi quando ir e o que levar para o trekking no Parque Torres del Paine. No dia 23 de dezembro peguei um bus (Bus Sur), que passou no hostal às 8h, e fui para o parque. Eu e meu mochilão de mais de 20kg (comida para os 7 a 10 dias de trekking pesa). Parte das coisas que tinha levado deixei no hostal e reservei (mais ou menos) o meu retorno.
Na ida para o parque a paisagem já compensa. Parte da estrada tem asfalto e parte é de ripio (terra e pedras). Chegando ao parque na Portaria Laguna Amarga. Pagamos o ingresso de $18.000 pesos chilenos (1 CPL = 0,004242 reais) e cada um seguiu sua rota. Peguei o destino do campamento Serón iniciando o circuito O+W (circuito completo) pelo sentido anti-horário.
23/12/2011 – Primeiro dia. Da Portería Laguna Amarga para o campamento Serón
O primeiro trecho do trekking é de caminhada fácil. Contudo, ainda estava me adaptando com o peso da mochila e os ajustes. Parava muito para fotos, claro e para fazer estes ajustes na mochila e bota… até achar a configuração correta. Mesmo assim completei o trajeto em tempo menor que o previsto. Quanto cheguei ao campamento Serón só tinha um casal já instalado. Escolhi um local, montei a barraca fui preparar algo para comer (massa instantânea light). E fiquei analisando o local, os ventos, etc… Este acampamento não é caracterizado por ventos fortes, mas neste dia estava ventando bem. Claro que nem se compara com os ventos do campamento Pehoe. Como não estava convencido que tinha escolhido um bom local, mudei a barraca para outro canto e reforcei com cordas, só para garantir… Este campamento tem que se pagar uma taxa de +/- uns 4000 pesos, por conta disto, dispomos de um local limpo gramado e um pequeno banheiro com água quente para o banho. Acordei algumas vezes durante a noite por conta do vento. Mas tudo correu bem.
Neste trecho todo o caminho é relativamente plano, passando por campos, percorrendo rio, atravessando alguns pequenos córregos…
Link do Picasa para fotos do primeiro dia: http://migre.me/aotik
Distância percorrida: 10km
Tempo realizado: 3,5h
Tempo estimado: 4,5h
Elevação total acumulada 350m.
24/12/2011 – Segundo dia. Do campamento Serón para o Dickson
Acordei antes das 7:00h da manhã, preparei um lanche. Este segundo dia teria 19km. É pouco, mas colocando o mochilão nas costas e a dificuldade do terreno que começa a aumentar tudo fica mais demorado… mas o que mais atrasa é a paisagem! Vale a pena parar muito para fazer muitas fotos de vários ângulos. Muitas vezes saí da trilha procurando vistas diferentes.
Neste trecho passei por pântano, encostas de penhascos com muito vento que mal dava para ficar em pé (justamente num dos pontos mais lindos: lago Paine)
O legal do circuito completo é que por ele o número de visitantes é bem menor. Não é raro estar completamente sozinho.
Link do Picasa para fotos do segundo dia: http://migre.me/aouyr
Distância percorrida: 19km
Tempo realizado: 5,5h
Tempo estimado: 6h
Elevação total acumulada 550m.
25/12/11 – Terceiro dia. Do acampamento Dickson para acampamento Los Perros
O acampamento Dickson tem uma vista muito boa. A chegada nele, do alto, é uma bela paisagem. Este acampamento também tem uma taxa de +/- de 4000 pesos chilenos. Aqui tem algumas coias de alimentação para comprar. Contudo, em todos os acampamentos que tem este tipo de serviço, esteja preparado para pagar muito caro pelas comidas e bebidas. Os banheiros aqui são com água quente, mas abertos na parte superior e inferior… o que deixa passar um bom vento! Para quem não quiser ficar nas barracas, existe opção de pagar pelos quartos do Refúgio.
Na saída do campamento Dickson o terreno é plano e logo vem um aclive. Caminhei um bom tempo por um bosque e cheguei num “mirante” onde pude ver o glaciar que forma o lago Dickson. Depois disto, continuei a trilha em ascensão, para o acampamento Los Perros. Neste trajeto há uma elevação acumulada de 700 metros (consulta na internet, levei GPS do celular, mas optei por não utilizá-lo).
Neste dia a caminhada foi sofrida. Estava com uma imensa bolha no pé direito. Que me acompanhou no resto do trajeto. Faz parte.
Sempre que me deparava com uma boa vista, parava para contemplá-la e registrá-la. A beleza deste lugar não tem igual. Vale cada segundo que você está no parque
Ao se aproximar do campamento Los Perros tem um trecho bom em pedras, uma subida e me deparei com a linda vista do Glaciar Los Perros. Mais alguns minutos e já estava no acampamento. Fui logo escolher um local para montar a barraca… e consegui uma boa vista da “janela” da barraca! Neste acampamento você tem que ser rápido: muita mutuca e mosquito!
Ahh aqui não tem banho quente! Mas pouco importa. Eu estava muito feliz e nada iria tirar isto.
Link do Picasa para fotos do terceiro dia: http://migre.me/aowmS
Distância percorrida: 9km
Tempo realizado: 3,5h
Tempo estimado: 4h
Elevação total acumulada: 700m.
26/12/11 – Quarto dia. Acampamento Los Perros até Refúgio Grey.
Eu sabia que este dia seria o mais difícil, mas também o mais belo. É um trecho de boa elevação, com neve, gelo, muita pedra, glaciares, lama com galhos de árvores pelo chão, um longo trecho de descida (que pra mim é muito pior que subida em função das dores no joelho) e uma grande escada em um penhasco…
O dia seria muito divertido!
Fiz uma reforçada refeição antes de sair. Arrumei tudo e por volta das 8h, como de costume, peguei meu rumo. Saí em um ritmo forte em aclive por um bosque de muita lama, raízes e galhos até chegar numa região com muita pedra, com um penhasco e rio com água que descongelava. Após isto, seguindo na subida, dá pra fazer uma boa caminhada sobre o gelo até que cheguei ao topo dando de cara com uma vista fantástica do Glaciar Grey e toda a sua extensão. Este foi o trecho de subida do Paso John Gardner. Levei em torno de 2,5h até o topo curtindo muito bem.
A partir deste ponto começa a descida com algumas elevações. Um trecho muito longo de descida que sacrifica os joelhos. Todo este trajeto até o acampamento Grey foi realizado contornando o Glaciar. Foi, sem dúvida, o melhor trajeto do parque.
Na descida passei pelo acampamento Paso, praticamente “abandonado”. O mesmo posso dizer do acampamento Los Guardas. Sem dúvida o melhor é seguir até o Refúgio Grey onde se encontra um bom espaço para acampar e banheiros com água quente. A partir do acampamento Los Guardas a trilha começa a ficar muito disputada por turistas, pois este trecho já faz parte do Circuito W.
Depois de me instalar na área de camping, preparei algo para comer, fiz mais umas caminhadas de reconhecimento da região e fui até o refúgio para recarregar as baterias da máquina fotográfica. Enquanto isto, aproveitei para tomar um banho… neste dia fui dormir só bem tarde.
Link do Picasa para fotos do quarto dia: http://migre.me/aoLpm
Distância percorrida: 22km
Tempo realizado: 8,5h
Tempo estimado: 11h
Elevação total acumulada: 1350m.
27/12/2011 – Quinto dia. Refúgio Grey até acampamento Paine Grande.
Não poderia mudar: acordei cedo e por volta das 8h estava já na trilha.
Este trecho de trilha foi muito fácil. Tem tempo previsto de 3,5h para percorrer os 11km de trilha. Dá pra fazer em bem menos. Como sabia que ia chegar cedo no Paine Grande e queria passar uma noite por lá, fiz o trecho em 3h muito bem aproveitadas com muitas paradas. Não queria deixar pra trás o Glaciar Grey….
Ao chegar no campamento Paine Grande, fiz o pagamento da taxa, comprei um lanche pra dar uma variada, algumas coisas pra preparar mais tarde e fui escolher um local para colocar a barraca. Tarefa difícil. Além de ter muita gente, não adianta escolher muito, pois o vento é forte em todo o lugar. Não precisou esperar para ver barracas sendo arrastadas, outras se desmontando, etc. A cena mais engraçada foi um carinha tentando tirar a sujeira de dentro da barraca e na hora que sacudiu veio aquela rajada de vento e derrubou o indivíduo.
Depois do lanche foi fazer umas trilhas nos arredores. Tinha a tarde toda para aproveitar. Vale a pena. A vista do Lago Pehoé é muito linda.
Neste dia que conhece uma figura: Dr. Geraldo! Trocamos umas ideias nas amarrações das barracas, fizemos um rango na área de cozinha do refúgio. Ah, e digo que a comida estava excelente: comida liofilizada! Os pacotes que ele me deu duraram alguns dias! Valeu!!!
Nem precisa dizer, né? Aqui tem água quente para banho.
Durante a noite…. muitas e muitas vezes acordei com o vento parecendo que ia quebrar a barraca, mas ela se portou muito bem. Também com tantas amarras que coloquei… nada ia tirar do chão!hehe
DETALHE: Foi neste dia, ao chegar ao acampamento, que fui informado que a passagem para o Refúgio Grey estava FECHADA devido a um INCÊNDIO. Fiquei muito triste pelo parque e pelas pessoas que se programaram e que sonhavam em realizar este trekking e ficaram presas ou impossibilitadas de seguir.
Link do Picasa para fotos do quinto dia: http://migre.me/aKhoL
Distância percorrida: 11km
Tempo realizado: 3h
Tempo estimado: 3,5h
Elevação total acumulada: 650m.
28/12/2011 – Sexto dia. Refúgio Paine Grande até acampamento Los Cuernos.
Neste dia, ao iniciar a trilha por volta das 7:50h já dava para ver a fumaça trazida pelos ventos.
Este dia seria puxado. Estava com o plano de seguir até o acampamento Italiano, deixar minha mochila, pegar uma com maquina fotográfica, barras de cereal e água subir o Valle del Francés passando pelo campamento Británico até o mirador. Descer tudo, pegar o mochilão e ir até o campamento Los Cuernos.
O plano deu certo.
Este trecho também é fantástico! Uma trilha bem diversificada.
Saindo de Paine Grande temos a vista linda do Lago Pehoé e mais a frente o Lago Skottsberg. Até o acampamento Italiano (tem uma pequena ponte pênsil antes do acampamento) o tempo estimado é de 2,5h para fazer 7,6km. Levei este tempo, mas fazendo o trecho num passo bem tranquilo. Cheguei ao campamento Italiano por volta das 10:10h. Deixei meu mochilão perto do guarda parque, fiz uma pausa e encarei a subida em um ritmo muito rápido. Aproveitei para fazer parte do trecho correndo para destinar mais tempo aos pontos com melhor vista. Neste parava muito para tirar fotos e filmar.
Subi o Valle del Francés, passando pelo Mirador Francés, campamento Británico e Mirador Británico. A subida até o mirador tem tempo estimado de 3h para percorrer os 7,5km. Subi e desci em 4 horas no total. Levei 2,5h até o mirador Británico e 1,5h para descer. Conheci mais alguns brasileiros pelo caminho, gente que encontrei depois lá no campamento Los Cuernos.
Este Valle é muito bonito e realmente é muito proveitoso ir até lá. Se tem uma boa vista do conjunto de montanhas que formam os Cuernos del Paine e o Paine Grande.
Ao retornar para o campamento Italiano, preparei um bom lanche, descansei e tomei meu rumo para o acampamento Los Cuernos. Seriam mais 5,5km de trilhas subindo e descendo e passando por uma praia tentadora… tudo isto contornando o lindo Lago Nordenskjöld até chegar no acampamento. Não lembro quanto tempo levei neste trecho. O tempo estimado é de 2,5 horas. Devo ter levado isto… várias vezes saí da trilha para tirar fotos. Não resisti e me deitei na praia de pedras e ali fiquei por um bom tempo apreciando o local e ouvindo o som da água…. Cheguei por volta das 18h no campamento Los Cuernos. Fiquei sabendo que a passagem do Italiano para Paine Grande estava sendo fechada em função do incêndio.
Este foi o mais caro e o pior local para acampar. Basicamente só tem pedras e o local estava lotado. Achei um canto que deu trabalho para tentar “amenizar” o efeito das pedras.
Este foi outro dia que deitei muito tarde….
Link do Picasa para fotos do sexto dia: http://migre.me/aKlTS
Distância percorrida: 28,1km
Tempo realizado: algo perto de 10h com todas as paradas.
Tempo estimado:11 h
Elevação total acumulada: 1700m.
29/12/2011 – Acampamento Los Cuernos até acampamento Las Torres.
Neste dia fechei o circuito chegando até as Torres.
A saída do acampamento Los Cuernos começa com uma elevação e assim continua até a região onde se avista o acampamento Chileno. Existem dois caminhos. Um deles não aparece no mapa do parque, mas é bem indicado no local. É um trecho de bastante subida, especialmente no final, após o acampamento Torres para se chegar até Las Torres.
Você sobe até chegar a um ponto de encontro com outra trilha de quem vem da Hosteria Las Torres (numa das entradas do parque) e de onde se avista ao longe o acampamento Chileno. Depois começa um trecho de descida contornando uma borda do vale.
Cheguei ao acampamento Chileno por volta das 14h (saí do acampamento Los Cuernos às 9:30h), descancei, fiz um bom lanche (como já estava quase sem comida comprei algumas coisas por lá). Peguei o mochilão e comecei a subida para o campamento Torres, onde cheguei por volta das 15:30 h. Montei acampamento, fiz mais um lanche, descansei e, como o dia ainda estava bom, encarei com a mochila de ataque uma subida rápida para Las Torres. Tinha que ser rápido, pois a fumaça da queimada estava piorando e se alastrando pelo parque…não sabia até onde poderia ver. Antes das 17h já estava lá fotografando as Torres.
Dei muita sorte e após uma subida rápida até as Torres consegui ainda pegar um pouco de sol lá no alto para fazer algumas fotos e descer correndo para o acampamento. Detalhe: Encontrei o Seu Geraldo neste trecho final, por acaso, novamente…
No dia seguinte, acordo com o Guarda Parque batendo na barraca, me dizendo que tive sorte e anunciado que estava sendo EVACUADO o parque em função do incêndio. Guardei tudo rapidamente, peguei umas coisas pra ir comendo enquanto fazia a trilha e desci até a Hosteria Las Torres onde paguei uma van até a entrada do parque.
Link do Picasa para fotos do sétimo dia: http://migre.me/cyS4e
Distância percorrida: 18km
Tempo realizado: 7h (sem contar as paradas no Chileno e Torres)
Tempo estimado:7 h
Elevação total acumulada: 950m.
Ao chegar na Portería Laguna Amarga encontrei o pessoal de Brasília novamente. Pura coincidência.
Não tinha comentado antes, mas ao comprar minha passagem para o parque TDP a moça do guichê emitiu, por engano, duas passagens. Eu não queria comprar a ida e volta, pois não sabia como ia ser lá no parque. Acabei aceitando para agilizar e não aguardar a emissão de um outro bilhete. Ainda bem.
Com a tal evacuação devido ao incêndio todo mundo se concentrou na portaria Laguna Amarga e conforme os ônibus foram chegando ocorria uma grande aglomeração para garantir lugar e nisto quem tinha bilhete em mãos levava vantagem. Teve quem ficou a tarde inteira aguardando lugar para regressar para Puerto Natales.
Em Natales fui direto ao Hostal em que havia ficado, mesmo com todos retornando tinha um local. Como eu tava imundo, cansado com equipamentos e roupas para lavar e querendo dormir um pouco melhor, fiquei em um quarto privativo com banheiro (até porque os outros já estavam lotados).
Tomei um grande e demorado banho, descansei um pouco, pouco mesmo, pois não sou de perder tempo em viagem e fui para a rua procurar algo para comer… Novamente ainda era cedo para os restaurantes e acabei optando por um lanche ao encontrar, ao acaso, o pessoal de Brasília. Nem todos, o Geraldo ainda estava lá no parque aguardando uma vaga para retornar. Vi onde ficava o hostal onde eles estavam e mais tarde combinamos de ir jantar um cordeiro (etapa I) seguido de pizza (etapa II).
Eles também iriam ficar em Natales no Ano Novo e então fui participar da festa no hostal onde estavam. Festa muito boa!!! Comida e bebida a vontade. Carneiro ao modo da patagônia. Sobremesa de Calafate, etc, etc. Foi me segundo Ano Novo consecutivo no Chile. Conheci um casal de MG que estavam lá no hostal e, depois, no meio de uma trilha em El Chálten, dei de cara com eles novamente! Como eles estavam vindo de Ushuaia, já pude pegar umas dicas do local.
A patagônia é uma beleza nesta época do ano. Às 23:30h ainda tinha luz do sol. Os dias rendem.
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